13 de janeiro de 2015

O convívio entre mulheres de várias gerações


Assim como Michele Obama conta com o apoio de sua mãe na Casa Branca, inúmeras mulheres utilizam esse auxílio precioso e experiente de suas mães como um apoio na educação dos filhos, e em outras como uma forma de preencher a vida de suas mães.

Agora quais são os desafios, para que o resultado final seja produtivo?

Unir três gerações é um desafio e ao mesmo tempo uma bela oportunidade de compreender as fases da vida, seus anseios e os aprendizados que são possíveis compartilhar e os que se obtém individualmente.

O maior desafio em uma relação é reconhecer o valor de cada pessoa, independente do seu comportamento, mesmo que sua forma de pensar e agir sejam distintas da sua.Numa relação entre mulheres de gerações diferentes, essa é uma questão que irá aparecer com frequência, como quando a avó repreende a ação da filha com a neta, por achar que ela sabe mais como educar, e que ela agia com seus filhos de uma forma diferente e que essa forma é a correta.

Quando temos três gerações convivendo no dia a dia, a facilidade em reproduzir o passado, deixando de viver o presente, é muito comum. Nesse caso o limite e espaço definido para cada uma é fundamental, para que aja liberdade de ação sem que as experiências já vividas pelas mais velhas atrapalhem as da jovem.

Trocar conhecimentos e percepções será algo valioso sempre, desde que as vivencias individuais sejam preservadas.

Esse é um treino para algumas avós e mães: confiar que as netas têm recursos para lidar com o que surge e buscar apoio se esse canal estiver de fato aberto e isento de criticas e avaliações.Apoio é uma boa forma de construir uma parceria, inclusive é um alicerce interessante na relação feminina. Outro dia escrevi um artigo sobre as relações femininas no trabalho e comecei a pensar muito sobre como estas se estruturam.

Uma relação de desconfiança, críticas, julgamentos e desmerecimentos entre mulheres que se amam preparam as gerações seguintes para uma afinidade de pouca transparência, competitividade e desvalorização do sexo feminino. Afinal, são as mães que educam os filhos, e quanto melhor o convívio, melhor a vida da sua prole.

Quando três gerações decidem habitar na mesma casa é fundamental estabelecer parâmetros, que preservem as características de cada um. Também é muito importante deixar claro o que incomoda e o que é esperado na relação.
Envolver todos da casa antes de trazer a avó para viver no ambiente é de extrema valia.

Quando uma pessoa entra no sistema familiar, por mais que seja um ente querido há uma mudança em toda a dinâmica familiar e às vezes conflitos surgem. Portanto é sempre importante negociar, comunicar e encontrar o objetivo comum. São táticas que viabilizam e que darão um toque especial, pois é o amor que une essas pessoas.

Sobre a Autora:

Dra. Márcia Dolores Resende, formada em psicologia e com formação completa em PNL (NLP Health Certification Training), Hipnose Ericksoniana e EMDR (Eye Movement Desensitization and Reprocessing), sendo treinada por profissionais que possuem uma grande experiência e um conceituado trabalho como: Robert Dilts, Suzi Smith, Tim Halbom, Steve Andreas, Teresa Robles e Dr. Stephen Gilligan.


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