5 de novembro de 2013

Amor na Balada – Reflexões Sobre o Amor.

Márcia Dolores Resende
         - Idealizadora do Amor Contemporâneo.

O amor é um tema que desperta meu interesse há alguns anos, quando descobri que o amor está longe de sobreviver com a garantia dos votos que firmamos. Que o amor vai além dos contos de fadas, e das histórias românticas idealizadas.

Também o amor é um tema que me desperta, pois a possibilidade de sentir amor influência várias esferas da vida de uma pessoa, e naturalmente outras vidas!

Um profissional que conhece o amor tem mais criatividade, segurança, cooperação, respeito, flexibilidade e bom humor! Portanto, é mais feliz e gera melhores resultados!

A busca pelo amor ou a experiência do amor, mobiliza o homem e traz benefícios quando vivido em sua essência, que é muito diferente do possuir, forma distorcida de ver e sentir o amor!

No final de semana (domingo, 03/11/2013), ao ler a matéria da Veja São Paulo, que retrata homens que investem um valor razoável em suas noites de “encanto”, como se estivessem recebendo “amor” e conquistando as “gatas”, me fez pensar que o amor realmente faz a diferença!

Começando por algo que sempre digo que vem antes do amar o outro...o auto amor! Realmente para amar é fundamental ter auto amor! Saber o seu valor, identificar seus critérios e o que busca de fato, pois quando um homem ou uma mulher estão avaliando sua capacidade de receber amor pelo que “tem” externamente, acontece a primeira grande distorção do amor! Amor é Ser para Ter!

Lógico que ter condições materiais para viver bem é um quesito importante, ter uma vida com condições dignas é um ponto que gera equilíbrio, e extremamente valioso! Sem nenhuma visão aqui, judaico cristã de sentir demérito em ter condições materiais para viver bem!

Agora, relacionar, ou melhor, se utilizar da ilusão da ostentação para conquistar afeto é uma distorção que ocorre a partir do vazio da ausência de consciência do autovalor!

Um homem ou uma mulher que acredita que para conquistar alguém afetivamente, ou como amigo, “tem que mostrar o quanto tem ou ostentar que tem”, está no caminho ao revés do amor! 

Talvez o caminho oposto do autovalor, auto amor e amor comprometido, realmente demande muito mais.


Ufa! Ser é muito mais demandador para alguns, trilhar o caminho do autoconhecimento, auto desenvolvimento para saber exatamente o que você tem internamente para ofertar, e o que você quer receber, é uma atividade que solicita amor!

Dedicação, envolvimento, entrega de corpo, coração e alma, são quase um convite à nudez no seu sentido mais profundo, uma nudez diferente da que os que acreditam que o Ter é mais significativo do que o SER!

A nudez de alma, que mostra para si, e depois para o outro o que realmente se tem para ofertar com segurança no seu próprio valor interno. Uma nudez que atua com a transparência, e que permite que o amor tenha o sabor da entrega verdadeira, o amor que inspira, que nos faz rir de uma bobagem, sem a necessidade da  champagne para rir! Que nos faz olhar nos olhos e ver o infinito encontro do amor, diferente da balada em que o olhar está escondido pelas luzes, que ocultam a insegurança de quem ostenta!

Lembrando que o champagne e a balada têm seus prazeres, minha reflexão só quer desconectar valor de efeitos pirotécnicos, e de fuga do vazio que existe na ausência de auto amor!


Então, mais uma vez, acredito que carecemos de uma nova educação para o amor, talvez um novo aprendizado para resgatar a força do amor simples!


Assista abaixo o vídeo referente a reportagem da Revista Veja:




Nenhum comentário:

Postar um comentário