Márcia Dolores Resende
O
amor é um tema que desperta meu interesse há alguns anos, quando descobri que o
amor está longe de sobreviver com a garantia dos votos que firmamos. Que o amor
vai além dos contos de fadas, e das histórias românticas idealizadas.
Também
o amor é um tema que me desperta, pois a possibilidade de sentir amor
influência várias esferas da vida de uma pessoa, e naturalmente outras vidas!
Um
profissional que conhece o amor tem mais criatividade, segurança, cooperação,
respeito, flexibilidade e bom humor! Portanto, é mais feliz e gera melhores
resultados!
A
busca pelo amor ou a experiência do amor, mobiliza o homem e traz benefícios
quando vivido em sua essência, que é muito diferente do possuir, forma
distorcida de ver e sentir o amor!
No
final de semana (domingo, 03/11/2013), ao ler a matéria da Veja São Paulo, que
retrata homens que investem um valor razoável em suas noites de “encanto”, como
se estivessem recebendo “amor” e conquistando as “gatas”, me fez pensar que o
amor realmente faz a diferença!
Começando
por algo que sempre digo que vem antes do amar o outro...o auto amor! Realmente
para amar é fundamental ter auto amor! Saber o seu valor, identificar seus
critérios e o que busca de fato, pois quando um homem ou uma mulher estão
avaliando sua capacidade de receber amor pelo que “tem” externamente, acontece
a primeira grande distorção do amor! Amor é Ser para Ter!
Lógico
que ter condições materiais para viver bem é um quesito importante, ter uma
vida com condições dignas é um ponto que gera equilíbrio, e extremamente
valioso! Sem nenhuma visão aqui, judaico cristã de sentir demérito em ter
condições materiais para viver bem!
Agora,
relacionar, ou melhor, se utilizar da ilusão da ostentação para conquistar
afeto é uma distorção que ocorre a partir do vazio da ausência de consciência
do autovalor!
Um
homem ou uma mulher que acredita que para conquistar alguém afetivamente, ou
como amigo, “tem que mostrar o quanto tem ou ostentar que tem”, está no caminho
ao revés do amor!
Talvez o caminho oposto do autovalor, auto amor e amor comprometido, realmente demande muito mais.
Talvez o caminho oposto do autovalor, auto amor e amor comprometido, realmente demande muito mais.
Ufa!
Ser é muito mais demandador para alguns, trilhar o caminho do autoconhecimento,
auto desenvolvimento para saber exatamente o que você tem internamente para
ofertar, e o que você quer receber, é uma atividade que solicita amor!
Dedicação,
envolvimento, entrega de corpo, coração e alma, são quase um convite à nudez no
seu sentido mais profundo, uma nudez diferente da que os que acreditam que o
Ter é mais significativo do que o SER!
A
nudez de alma, que mostra para si, e depois para o outro o que realmente se tem
para ofertar com segurança no seu próprio valor interno. Uma nudez que atua com
a transparência, e que permite que o amor tenha o sabor da entrega verdadeira,
o amor que inspira, que nos faz rir de uma bobagem, sem a necessidade da champagne para rir! Que nos faz olhar nos
olhos e ver o infinito encontro do amor, diferente da balada em que o olhar
está escondido pelas luzes, que ocultam a insegurança de quem ostenta!
Lembrando que o champagne e a balada têm seus prazeres, minha reflexão só quer desconectar valor de efeitos pirotécnicos, e de fuga do vazio que existe na ausência de auto amor!
Lembrando que o champagne e a balada têm seus prazeres, minha reflexão só quer desconectar valor de efeitos pirotécnicos, e de fuga do vazio que existe na ausência de auto amor!
Então,
mais uma vez, acredito que carecemos de uma nova educação para o amor, talvez
um novo aprendizado para resgatar a força do amor simples!
Assista abaixo o vídeo referente a reportagem da Revista Veja:
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